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8.13.2014

12 de Agosto

"Hoje escrevo-te
Nas horas mortas de dias infecundos.
Escrevo-te,
Enquanto a nostalgia latente me abate no canto silencioso da minha alma.
Recordo os dias em que o teu sorriso me preenchia,
Em que a tua voz me embalava
E a tua presença era luz
Sou incapaz de nao te perdoar o imperdoável
E, no entanto, não consigo esquecer.
Impotente, ao constatar que jamais será o mesmo.
O tempo não volta atrás.
Ficam as memorias de outrora,
Estas que me despedaçam
E me obrigam a chorar.
Espero que um dia algo seja capaz de me tornar inteiro,
Pois sou nada
E, ao mesmo tempo, tudo.
Sou o nada impresso humano
Condenado a vaguear as ruas que desejava vazias.

Hoje escrevo-te."